Para um sujeito na rua e pergunta qual é a ascendêncial dele. Não, não pergunta assim porque ele pode não entender. Melhor perguntar "Você é descendente de que?". Aposto uma caixa de cerveja que 7 de cada 10 vão procurar algum avô ou bisavô italiano, alemão e até espanhol na árvore genealógica pra escapar da salada lusoafroindígena que deu origem ao povo brasileiro. Um povo tão legal, mas que, nesse ponto, faz como os argentinos, que gostam de pensar que são os europeus da América Latina. O racismo, a falta de conhecimento da história do Brasil e o antilusitanismo impedem que o brasileiro aceite suas matrizes étnicas. É hilário ver um cara de sobrenome Silva, Lemos, Ferreira ou Duarte - sobrenomes tipicamente portugueses - dizer que descende de outro povo europeu. É verdade que muitos de nós temos ancestrais europeus não-portugueses, mas escolher esses povos como ascendentes únicos é negar o fato de que somos fruto da miscigenação de portugueses, negros e índios de diversas nações.
Você pode dizer qualquer coisa, pensar o que quiser, mas não dá pra negar o seu DNA!
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